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Título: Em outra vida, talvez? Título original: Maybe In Another Life Autor: Taylor Jenkins Reid Editora: Record Número de Páginas: 322 Ano de Publicação: 2018 |
Olá! Tudo bem? Após muito tempo, retorno às leituras. O livro de hoje surgiu ao acaso, como próxima escolha de um clube do livro do qual participo. Não consegui lê-lo a tempo do debate, mas concluí algumas horas depois. Sem mais enrolação, hoje falo sobre "Em Outra Vida, Talvez?", da Taylor Jenkins Reid.
Um pouco da história
Hannah é uma norte-americana de 29 anos que, ao refletir sobre sua vida, percebe que vive em constante mudança desde a faculdade: nunca se estabeleceu em um emprego inspirador, teve relacionamentos frustrantes e não encontrou um lar. Após descobrir que era amante de um homem casado, decide abandonar sua vida solitária em outro estado e retornar a Los Angeles, sua cidade natal.
Na chegada, é recebida por Gabby, sua melhor amiga, que organiza uma festa de boas-vindas com amigos da juventude, incluindo Ethan, seu primeiro namorado e grande amor. Durante o evento, Hannah reencontra Ethan e recebe um convite para saírem juntos. A partir daí, a narrativa se divide em capítulos alternados, apresentando dois desfechos possíveis.
No primeiro, Hannah recusa o convite de Ethan para evitar novos erros. Ao voltar para casa, descobre que ele saiu com outra mulher. Abalada, decide distrair-se com Gabby, tirando fotos pelas ruas, mas é atropelada e hospitalizada. Durante a internação, descobre que perdeu um bebê no acidente e, no processo de recuperação, apaixona-se pelo enfermeiro noturno.
No segundo desfecho, Hannah aceita sair com Ethan. Reconquista o amor da adolescência, compra um carro e adota uma cadela. A felicidade, porém, é abalada ao descobrir uma gravidez inesperada e a traição sofrida por Gabby, sua melhor amiga.
Opinião
O livro de Taylor Jenkins Reid é leve e propício para reflexões sobre o impacto das escolhas. A autora explora como decisões aparentemente banais podem alterar rumos, enquanto certos eventos parecem inevitáveis, independente do caminho.
A obra aborda temas como a entrada na vida adulta após os 30 anos, a busca por um lar e a maternidade solo. Embora superficial em alguns pontos, a narrativa flui bem e consegue emocionar no final.
Recomendo para quem busca uma leitura descontraída, mas com nuances que provocam suspiros e momentos de introspecção. Gostei da experiência!
★★★★☆
Trechos da Obra
"É muito fácil racionalizar o que você está fazendo quando não conhece os rostos e os nomes das pessoas que talvez esteja magoando. É muito mais fácil escolher você mesma em vez de outra pessoa quando a coisa é abstrata"
"Como se chora a perda de uma coisa que você nem sabia que tinha?"
"Quando a gente deseja que algumas coisas tivessem acontecido de forma diferente, não dá para querer que as coisas ruins simplesmente evaporem."
"Não importa se não tivemos a intenção de fazer o que fizemos. Não importa se foi um acidente ou um erro. Muito menos se acreditamos que isso tudo seja obra do destino. Porque, independentemente dele, ainda temos de responder pelos nossos atos. Fazemos escolhas, grandes e pequenas, todos os dias das nossas vidas, e essas escolhas têm consequências.
Temos de lidar com essas consequências de frente, para o bem ou para o mal. Não podemos apagá-las simplesmente dizendo que essa não foi nossa intenção. Destino ou não, nossas vidas continuam sendo o resultado das nossas escolhas."
"Quando a gente quase perde a vida, sente vontade de redobrar os esforços, de fazer algo realmente importante e maior do que você mesmo."
"É perfeitamente possível que a cada vez que tomamos uma decisão, haja uma versão de nós mesmos em algum lugar que escolheu seguir por outro caminho. Um número infinito de versões de nós está vivendo as consequências de cada possibilidade nas nossas vidas."